Da janela do meu antigo apartamento eu conseguia enxergar tudo no meio do nada. O tudo era você, escondidinho ali, como quem se refugia do mundo para não sofrer suas conseqüências, com o coração apagado e olhos acessos, pés descalços, corpo nu, mente cheia de vazio que o nada transbordava em você. Todas as noites eu ficava ali, esperando você mudar de lugar, acender o coração, calçar a vontade e vestir a sensatez que tua mente, cheia de vazio, escondia de você mesmo. E o nada? Ah... O nada era todo o resto.
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